Na entrevista coletiva, após o treino de quarta-feira, Roberto Fernandes provocou os repórteres dizendo que a língua estava “coçando”, mas que não poderia revelar um fato de suas estratégias. Uma fonte do colunista, porém, revelou o segredo. O treinador havia orientado o lateral Fábio Gaúcho a dizer aos repórteres que havia sentido novamente a lesão muscular, no que foi atendido pelo jogador. O que estava por trás da invencionice? Sabe-se lá! Afinal, na manhã seguinte Fábio Gaúcho apresentou-se “curado” e trabalhou normalmente, mas entre os reservas. O zagueiro Jorge Felipe foi quem entrou, indicando uma alternativa de marcação ao ala Ley, do Rio Branco, provavelmente com três zagueiros e um meia dando combate a Ley.
Atitudes estranhas e declarações enigmáticas indicam que Roberto Fernandes está armando uma arapuca tática para o Rio Branco. Aparentemente, há sempre uma intenção diferente do que faz e do que diz, em nome da arapuca. Forçar expectativas, surpreender, parecer inovador e ser enigmático são atitudes e comportamentos que parecem ser próprios do perfil do técnico bicolor, que rende entrevistas sempre interessantes, mas nem sempre esclarecedoras. Showman ou não, para a torcida bicolor, o que importa é que Roberto Fernandes cumpra a missão de levar o clube à Série B. Com a missão cumprida, todo o resto vira bijuteria.
O jogo na visão dos acreanos
Se para o Paysandu o jogo de domingo pode valer a temporada, para o Rio Branco vale com certeza. Vai ser a decisão do emprego! Tanto para os bicolores como para os alvirrubros, a vitória garante emprego por mais um mês e meio (até 30 de outubro, no mínimo), além da possibilidade do acesso à Série B. A diferença é que o Rio Branco vai fazer o último jogo na fase. Se perder, ta fora. Se empatar, fica dependente. Se vencer, se garante. O Papão continuará vivo até com derrota, mas teria que “secar” o Águia, torcendo pelo Luverdense, ou por empate, para ter condições de classificação vencendo o Araguaina em Belém.
É importante avaliar a visão que os acreanos têm do jogo para perceber quanto estarão tensos. A torcida, que vai lotar a Arena da Floresta e incentivar o Rio Branco, também vai transmitir nervosismo à medida que o time não corresponder. Cabe o Paysandu provocar e explorar esse clima de tensão. O jogo, com todos os seus fatores físicos, técnicos e táticos, deverá ser decidido principalmente no fator emocional. E se atrapalhará menos quem se preparar melhor.
Luverdense dá impressão de jogar a toalha
Embora ainda tenha chances matemáticas de classificação, o Luverdense parece não acreditar. O clube matogrossense já demitiu quatro titulares (zagueiro Marcelo, volantes Jucemar e Renan, meia Deivis Tiago), além do atacante Lino, reserva. Outras rescisões estão em processo para redução de custos. O Luverdense passar a focar no objetivo de afastar qualquer risco de rebaixamento. Pra isso, basta empatar com o Araguaina, domingo, no Tocantins. E mesmo que perca para Araguaina e Águia, bastará que o Araguaina não vença o Paysandu de goleada em Belém.
As notícias sobre o desânimo e desmonte do Araguaina são acompanhadas diariamente pelos profissionais do Águia, com a expectativa de que o time matogrossense esteja eliminado e muito desfalcado no confronto da última rodada, em Lucas do Rio Verde. Afinal, o Águia jogará pela vitória para se classificar. Ou até pelo empate, se o Rio Branco não vencer o Paysandu.
Quarta contratação de Samuel pela Tuna
Como jogador (volante), Samuel foi da Tuna em 1984. Como técnico, de 1992 a 1997 nas categorias de base da Tuna, com oito títulos em seis anos, e do time profissional a partir de 1997, até 2001. Voltou em 2004. Volta novamente em 2011 ao clube que o credenciou para o mercado. A Tuna empregou Samuel Cândido em 7 dos 20 anos da sua carreira como treinador.
Entre a última passagem pela Tuna (2004) e esta volta, Samuel Cândido trabalhou em outros 12 clubes do norte (Penarol/AM e Ypiranga/AP), do nordeste (Baraúnas/RN, Nacional/PB, Itabaiana/SE) e até do exterior (Al Hissin/Emirados Árabes), além dos paraenses Remo, Paysandu, Ananindeua, Abaeté, Independente e Parauapebas. No total, são 18 clubes na carreira do técnico Samuel Cândido. E as primeiras experiências foram com o time feminino e com o sub 12 do Paysandu.
Experiente, especialista em montagem de elencos, líder por excelência, vitorioso, Samuel Cândido tem todos os atributos para dar certo na missão de reconduzir a Tuna à elite do futebol paraense, desde que o clube lhe dê condições.
Fonte: ORM
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