Desenho foi encontrado dentro de mochila, junto com o material escolar.
Pai do menino foi ouvido informalmente pela polícia.
O aluno que atirou em uma professora dentro da sala de aula e depois se
matou em São Caetano do Sul, no ABC, na tarde desta quinta-feira (22),
fez um desenho no qual se retratou com duas armas e com um professor. O
desenho foi encontrado junto com o material escolar dentro da mochila
do estudante David Mota Nogueira, de 10 anos, que foi apreendida pela
polícia, de acordo com a delegada titular do 3º DP de São Caetano, Lucy
Mastellini Fernandes. No desenho, ele escreveu: "Eu com 16 anos" e
"Professor", indicando cada uma das figuras desenhadas. A delegada não
quis mostrar o papel.
Além da mochila, a polícia apreendeu também o revólver calibre 38, que
pertence ao pai de David, o guarda-civil metropolitano Milton
Evangelista Nogueira. De acordo com a delegada, o pai do menino foi
ouvido informalmente por cerca de 30 minutos. Segundo Lucy, ele se
encontra bastante abalado com o ocorrido.
O guarda-civil contou à polícia que levou o filho à escola e que chegou a carregar a mochila dele. Ao retornar para casa, deu por falta da arma, que costumava deixar escondida sobre o armário do quarto. Em seguida, ele relatou que ligou para a mulher, mas, diante da negativa dela sobre o paradeiro da arma, decidiu voltar para a escola, segundo a delegada. "Ele disse que pressionou os dois filhos, o mais novo de 10 e o adolescente de 14 anos, mas eles negaram todo o tempo saber da arma. Ele então disse que voltou para casa para fazer uma busca mais minuciosa", disse Lucy.
De acordo com a delegada, o guarda-civil lamentou profundamente não ter olhado na mochila do filho e se disse arrasado com a tragédia. No boletim de ocorrência, o crime foi registrado como ato infracional, mas, segundo a delegada, o correto é ato antissocial. "É o ato cometido por menor de 12 anos", disse. Em relação ao guarda-civil, ele deverá ser enquadrado com base no Estatuto do Desarmamento, por não ter guardado a arma de forma adequada.
O estudante da Escola Municipal Alcina Dantas Feijão atirou na professora por volta das 16h, e depois disparou contra a própria cabeça. Ele havia acabado de sair do intervalo, quando pediu para ir ao banheiro. Na volta, chegou atirando. De acordo com a Prefeitura, os dois foram socorridos com vida, mas o estudante morreu.
A professora, identificada como Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, deixou a escola consciente. No momento em que o menino do 4º ano usou a arma, havia 25 estudantes na classe.
O secretário da Segurança de São Caetano do Sul disse que quando um guarda-civil sai com a arma para trabalhar ele a devolve no final do expediente. "[O pai do garoto] é um homem de bom conceito dentro da Guarda Civil, com mais de 14 anos dentro da corporação", disse Rodrigues, acrescentando que esta "é uma situação muito difícil de descrever".
As aulas na escola foram suspensas nesta quinta e na sexta-feira (23). A Prefeitura afirmou que o menino era considerado um aluno calmo e sem histórico de violência. O motivo para o crime ainda é desconhecido.
O delegado-titular da Delegacia-Sede de São Caetano do Sul, Francisco José, disse que o pai do garoto pode ser responsabilizado criminalmente pelo ocorrido. "Vamos investigar se ele agiu com imprudência ou negligência na guarda desta arma", afirmou.
O delegado informou que irá procurar famílias de outros alunos da escola e que duas testemunhas adultas serão ouvidas já nesta sexta-feira (23).
O guarda-civil contou à polícia que levou o filho à escola e que chegou a carregar a mochila dele. Ao retornar para casa, deu por falta da arma, que costumava deixar escondida sobre o armário do quarto. Em seguida, ele relatou que ligou para a mulher, mas, diante da negativa dela sobre o paradeiro da arma, decidiu voltar para a escola, segundo a delegada. "Ele disse que pressionou os dois filhos, o mais novo de 10 e o adolescente de 14 anos, mas eles negaram todo o tempo saber da arma. Ele então disse que voltou para casa para fazer uma busca mais minuciosa", disse Lucy.
De acordo com a delegada, o guarda-civil lamentou profundamente não ter olhado na mochila do filho e se disse arrasado com a tragédia. No boletim de ocorrência, o crime foi registrado como ato infracional, mas, segundo a delegada, o correto é ato antissocial. "É o ato cometido por menor de 12 anos", disse. Em relação ao guarda-civil, ele deverá ser enquadrado com base no Estatuto do Desarmamento, por não ter guardado a arma de forma adequada.
Mochila também foi apreendida
(Foto: Marcelo Mora/G1)
O caso(Foto: Marcelo Mora/G1)
O estudante da Escola Municipal Alcina Dantas Feijão atirou na professora por volta das 16h, e depois disparou contra a própria cabeça. Ele havia acabado de sair do intervalo, quando pediu para ir ao banheiro. Na volta, chegou atirando. De acordo com a Prefeitura, os dois foram socorridos com vida, mas o estudante morreu.
A professora, identificada como Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, deixou a escola consciente. No momento em que o menino do 4º ano usou a arma, havia 25 estudantes na classe.
O secretário da Segurança de São Caetano do Sul disse que quando um guarda-civil sai com a arma para trabalhar ele a devolve no final do expediente. "[O pai do garoto] é um homem de bom conceito dentro da Guarda Civil, com mais de 14 anos dentro da corporação", disse Rodrigues, acrescentando que esta "é uma situação muito difícil de descrever".
Revóver calibre 38 utilizado pelo aluno (Foto:
Marcelo Mora/G1)
De acordo com Rodrigues, todos os guardas-civis da cidade foram
alertados para que ficassem atentos à possibilidade de armas em escolas
desde que um estudante matou 12 alunos em Realengo,
no Rio de Janeiro, em abril. "A segurança da escola já é feita, esse
tipo de situação não tem como prever", afirmou o secretário.Marcelo Mora/G1)
As aulas na escola foram suspensas nesta quinta e na sexta-feira (23). A Prefeitura afirmou que o menino era considerado um aluno calmo e sem histórico de violência. O motivo para o crime ainda é desconhecido.
O delegado-titular da Delegacia-Sede de São Caetano do Sul, Francisco José, disse que o pai do garoto pode ser responsabilizado criminalmente pelo ocorrido. "Vamos investigar se ele agiu com imprudência ou negligência na guarda desta arma", afirmou.
O delegado informou que irá procurar famílias de outros alunos da escola e que duas testemunhas adultas serão ouvidas já nesta sexta-feira (23).
Movimentação era intensa na porta da escola de São Caetano (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Fonte: G1
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