(Foto: Daniel Pinto)
Na manhã do último sábado, o clima no Conselho Tutelar da Marambaia era tranquilo. Durante grande parte do dia em que o conselheiro Benilson Silva estava de plantão, o telefone havia tocado apenas algumas vezes e nenhum caso havia aparecido para que ele acompanhasse. Até às 10h30, ele não imaginava que receberia o caso que culminaria, três dias depois, em ameaças à sua vida.
O aviso veio por meio do vigilante, que o informou que representantes do Conselho Tutelar de Santa Izabel estavam no local para levar um termo de entrega de uma adolescente que teria sofrido abuso sexual. Foi somente após ouvir o depoimento da adolescente T., 14 anos, que descrevia casos de abusos sexuais sofridos por ela na Colônia Agrícola Heleno Fragoso, no complexo penitenciário de Americano, que ele teve noção da complexidade do caso. “Eu não imaginava que fosse algo assim”.
Diante da responsabilidade de garantir que se cumpram os direitos das crianças e adolescentes da sua área de atuação, adquirida por eleição para o cargo de conselheiro no mês de agosto deste ano, ele passou a acompanhar o caso.
Desde o encaminhamento de T. para a realização de exames médicos e prestação de depoimentos à Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data) até o direcionamento da adolescente à Casa de Passagem, ele foi o responsável e afirma que agiu dentro dos procedimentos estabelecidos no curso de formação pelo qual todos os conselheiros precisam passar. Missão cumprida. O caso está no comando da justiça e envolve vários órgãos. O conselheiro não tem dúvidas de que os procedimentos feitos pela entidade que representa foram corretos e cumpridos.
Fonte: (Diário do Pará)
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