O presidente do Sindicato dos
Servidores Públicos do Pará (Sepub-PA), Carlos Esdras, afirmou que a
associação vai entrar com uma ação cível na Justiça para que os
problemas existentes na colônia penal Heleno Fragoso sejam resolvidos.
Vinte servidores foram exonerados depois
que o caso de estupro de uma adolescente de 14 anos por detentos da
instituição veio à tona no último sábado. A garota foi mantida na área
de mata da unidade penal durante quatro dias, onde teria sido drogada e
violentada por diversos presos.
“Acredito que essa situação é resultado
da falta de controle, pela facilidade que o preso tem para sair a
qualquer hora do sistema Heleno Fragoso”, afirma Carlos Esdras. Para o
presidente do Sepub-PA, o problema não é de agora. “Os presos saem para
beber, roubam depois retornam a hora que bem entendem”, ressalta.
Esdras vê a Heleno Fragoso como uma
“colônia de férias” e garante que já encaminhou vários ofícios para a
OAB-PA e Ministério Público do Estado (MPE) denunciando o problema.
“Essa vai ser nossa bandeira de luta. Nenhum órgão se manifestou sobre
essa situação e organizar aquilo ali”.
AGENTES
A exoneração dos 20 servidores por parte da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe-PA) que estavam trabalhando no plantão no dia em que o caso de estupro da adolescente foi descoberto será o motivo da ação que será movida pelo sindicato contra o Estado, para que o problema seja sanado.
A exoneração dos 20 servidores por parte da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe-PA) que estavam trabalhando no plantão no dia em que o caso de estupro da adolescente foi descoberto será o motivo da ação que será movida pelo sindicato contra o Estado, para que o problema seja sanado.
“A culpa é sempre dos agentes
prisionais, mas eles têm certos limites. A arma de um agente é um rádio
que funciona mais ou menos, enquanto que um preso possui terçado, facões
usados nos trabalhos deles e amedrontam os agentes”, garante Esdras.
FAMÍLIA SILENCIA
A família da adolescente, que mora no bairro do Curió-Utinga, foi procurada pela reportagem do DIÁRIO na tarde de ontem, mas ninguém quis falar sobre o caso. O mesmo ocorreu com vizinhos que preferiram não comentar sobre a situação.
A família da adolescente, que mora no bairro do Curió-Utinga, foi procurada pela reportagem do DIÁRIO na tarde de ontem, mas ninguém quis falar sobre o caso. O mesmo ocorreu com vizinhos que preferiram não comentar sobre a situação.
A adolescente vítima dos estupros passou
por exames no Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” (CPCRC)
para comprovar se houve a conjunção carnal e atos libidinosos. Ela
também foi submetida a diversos exames clínicos na manhã de ontem. O
objetivo é avaliar a saúde da garota para saber sobre os riscos de ela
ter contraído doenças venéreas ou ainda a possibilidade de uma gravidez
indesejada. A vítima também vai receber acompanhamento
médico-psicológico por parte do Propaz. (Diário do Pará)
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