O Ministério Público do Estado (MPE)
representado pela promotora de justiça, Albely Miranda Lobato, celebrou
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto a Prefeitura Municipal de
Castanhal, nordeste do Pará, a 70 quilômetros da capital Belém.
O TAC determina que a prefeitura
municipal efetive "o distrato de funcionários temporários em situação
irregular e a realização de concurso público para preenchimento dos
cargos públicos vacantes".
Caso a Prefeitura não cumpra com as sua obrigações a multa será de dois mil reais/mês. A fiscalização será feita por meio de relatórios realizados pela Prefeitura informando ao MPE que as solicitações firmadas pelo TAC estão sendo cumpridas.
Caso a Prefeitura não cumpra com as sua obrigações a multa será de dois mil reais/mês. A fiscalização será feita por meio de relatórios realizados pela Prefeitura informando ao MPE que as solicitações firmadas pelo TAC estão sendo cumpridas.
De acordo com a promotora Lobato,
nenhum cargo efetivo será preenchido por temporários. "A prefeitura
municipal de Castanhal compromete-se, a não nomear, sob hipótese alguma,
novos servidores temporários para exercer cargos efetivos.
Executando-se a contratação temporária motivada por excepcional
interesse público, declarado e justificado no próprio contrato a ser
firmado, cujo período de vigência não poderá exceder um ano" esclareceu.
Pelo documento a prefeitura do
município compromete-se em convocar funcionários públicos para cargos
efetivos, desde que o mesmo tenha sido aprovado em concurso público,
para preenchimento de cargos ocupados por servidores temporários
irregulares.
SOBRE NOVO CONCURSO PÚBLICO
A Prefeitura Municipal de Castanhal
terá que realizar um concurso público ainda para preencher alguns cargos
de servidores temporários no prazo máximo de oito meses, e convocação
no prazo de dois meses a contar com a assinatura do TAC. Todos os
contratos de funcionário temporários serão desconsiderados. Os
candidatos que irão preencher as vagas foram aprovados no concurso de
2009 para os cargos de servente, professor e outros que constam no
edital totalizando um número de 1051 vagas.
"Há mais de 10 anos o Ministério
Público do Trabalho chamou o prefeito passado, o qual assinou um TAC
(Termo de Ajuste de Conduta) para que se fizesse o concurso e se
demitisse temporários. O nosso governo, no dia 04 de janeiro de 2005,
esteve em Belém com vereadores e vice-prefeito, e conseguimos dilatar
este prazo do TAC assinado. Automaticamente, ao longo do tempo, nós
chamamos todos os concursados que fizeram concurso no governo passado.
Nós promovemos também um novo concurso onde chamamos 1.653 aprovados,
resta ainda chamar só 1.010, e agora o Ministério Público nos deu a
deixa e fomos obrigados a assinar um TAC que pudesse demitir os
temporários e que pudesse chamar os concursados. E, além disso, que
fizéssemos outro concurso público".
O prefeito Hélio Leite passou a manhã
da última quinta-feira, dia 6 de outubro, reunido com secretários de
governo e vereadores para discutir a situação. Após o encontro ele cedeu
uma coletiva a imprensa local.
"O nosso governo assinou o TAC,
reuniu com secretários e vereadores, e estamos passando pra toda a
Prefeitura essa questão, porque não deu mais pra segurar, e
infelizmente, nós fomos obrigados a assinar o TAC para poder normalizar a
situação do temporário".
Ele acrescentou: "Esperamos que o
temporário tenha clareza que ao longo desses sete anos de governo não
temos demitido temporário em massa, mas, agora é preciso que ele
compreenda que somos obrigados pela Lei, pelo Ministério Público a tomar
essa posição. Eu assinei um TAC com a ameaça de ser processado pelo
Ministério Público do Estado".
REUNIÃO SOBRE DISPENSA DE TEMPORÁRIOS
O prefeito citou ações pertinentes
que serão feitas para tentar apoiar os temporários que serão distratados
na tentativa de deixa-los aptos a participar do novo concurso público e
citou a criação de um banco de dados para tentar encaminhá-los a
empresas privadas.
"Eu fiz uma recomendação, como
teremos outro concurso, para que pudéssemos fazer uma turma de
educadores da Prefeitura para poder ministrar cursos para o nosso
temporário, de forma que não sejam distratados sem ter uma proteção.
Como vai ter um concurso público nós queremos fazer uma aula para que
eles sejam habilitados para o concurso e possam voltar à Prefeitura. Nós
conversamos para fazer um banco de dados com o temporário para que
possamos qualificá-lo ou requalificá-lo para arranjar emprego na empresa
privada de Castanhal. Nós estamos preocupados com o temporário e não
queríamos que acontecesse esse fato, mas estamos procurando a maneira
mais correta que tem de poder dar ao nosso servidor temporário – que nos
ajuda há vários anos – a condição que ele não vai ser colocado na rua e
vai ficar abandonado".
"Castanhal tem a obrigação de criar
modalidades para que possa contemplar a cada um daqueles que ao longo da
vida tem contribuído com nosso governo. Nós somos gratos a todos os
temporários que nos ajudaram e aqueles que vão continuar nos ajudando
como concursados", ressaltou.
Além de chamar os concursados atuais a
prefeitura terá um prazo para realizar um novo concurso. Será um prazo
de 10 meses para chamar o restante dos concursados aprovados e de oito
meses para realizar um novo concurso em Castanhal."Nesse período eu
espero que nosso temporário possa se preparar para este novo concurso",
concluiu Hélio Leite.
Com textos de:
Ana Paula Azevedo (Ministério Público do Estado do Pará)
Divânia Batista (redatora da Prefeitura de Castanhal)
Fonte: www.castanhal.pa.gov.br
Divânia Batista (redatora da Prefeitura de Castanhal)
Fonte: www.castanhal.pa.gov.br
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