Moradores do edifício residencial Wing, localizado na Rua Diogo Móia, entre as avenidas Generalíssimo Deodoro e 14 de Março aguardam o laudo dos Bombeiros e Defesa Civil e engenheiros que libera ou não o imóvel para habitação. Um dos pilares do empreendimento sofreu uma fissura, provocando um estalo na madrugada deste domingo (16). Representantes da Porte Engenhariada, responsável pelo prédio, Defesa Civil, Bombeiros e autoridades competentes devem se reunir para prestar maiores esclarecimentos aos moradores do edifício.
Em nota oficial, a assessoria da Porte Engenharia esclarece que o condomínio é dividido em duas edificações independentes, sendo um o edifício torre, onde estão localizadas as unidades residenciais e o edifício garagem, onde foi registrado o problema no pilar, e a priori não há risco de comprometimento do prédio residencial. O edifício continua interditado até o resultado do laudo oficial.
Ainda de acordo com a construtora, os trabalhos de reparo iniciaram imediatamente e a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros constataram inicialmente que nenhum outro pilar foi atingido ou prejudicado. Durante a madrugada, equipes do Corpo de Bombeiros foram até o local e isolaram a área. Todos os moradores do Wing foram retirados do local, assim como o do La Vien Rose, prédio que fica ao lado, e hospedados em hotéis da capital.
A Porte Engenharia também afirma que está dando todo apoio necessário aos moradores do edifício. Mas a situação não seria bem esta. Moradores reclamam do alojamento destinado a eles. 'Somente por volta de 11h da manhã a construtora enviou um advogado, e este simplesmente deslocou todos os moradores para o Hotel Faraó, responsabilizando-se somente com o pagamento das diárias, até a próxima terça-feira. Famílias inteiras estão amontoadas em um quarto que cabem no máximo três pessoas. Até a alimentação eles estavam se negando a pagar, mas fomos atrás de nossos direitos e eles resolveram bancar. Agora é só aguardar', conta o funcionário público, Aldemar Cardoso Junior.
Mas os transtornos não são só em relação ao prédio ou a acomodação de seus moradores. O prejuízo também é financeiro. Seu Aldemar há 30 dias vem negociando a venda de seu apartamento no residencial Wing, e há 10, já tinha praticamente fechado negócio, que só estava aguardando a normalização dos serviços bancários.'Hoje pela manhã o comprador me ligou desfazendo o negócio, o que era normal de se esperar. Afinal de contas, quem iria comprar um apartamento em um prédio que poderia desabar? E mesmo se for constatado que não há danos e riscos para se morar, quem iria se arriscar?', desabafa Cardoso.
Fotos: Morador do prédio e Portal ORMRedação Portal ORM
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