Jarbas reuniu a imprensa ontem para se manifestar sobre a intervenção (Foto: Ney Marcondes)
Um dia após a decisão do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que aprovou o afastamento de cinco diretores da Ordem no Pará e abertura de processo ético-disciplinar devido a irregularidades cometidas durante venda de terreno da OAB em Altamira, o presidente da OAB/PA, Jarbas Vasconcelos, falou sobre o caso. Em entrevista coletiva concedida ontem pela manhã, ele afirmou que irá recorrer da decisão e disse que há interesses políticos por trás da ação.
“Foi uma sessão vergonhosamente política, que insistiu em duas inverdades. A primeira de que a OAB não estaria funcionando e a segunda de que as sessões de Altamira não tiveram quorum. Temos 42 comissões em pleno funcionamento e todo o processo de negociação da venda do terreno em Altamira foi aprovado pelos mesmos conselheiros que fizeram a denúncia. É um golpe de uma minoria contra a maioria”, afirmou, no início do discurso.
Questionado sobre o motivo dos embates, ele atribuiu a falta de apoio de parte dos conselheiros às mudanças implantadas em sua gerência, que teria cortado benefícios, diárias, telefones e cartões corporativos. “Fizemos campanhas contra o nepotismo cruzado no governo e contra a corrupção da Assembleia Legislativa e isso foi contra o interesse de alguns políticos”, opinou. Em sua defesa, ele explicou que o processo de compra foi imediatamente desfeito, após denúncia publicada no DIÁRIO, e que a assessora jurídica que falsificou assinaturas seria de confiança do vice-presidente do OAB-PA, Evaldo Pinto, e não dele.
Segundo a decisão do Conselho Federal ficam afastados, além do presidente Jarbas Vasconcelos, o secretário-geral, Alberto Campos Júnior, e os diretores licenciados Evaldo Pinto, Jorge Medeiros e Albano Martins.
Fonte: Diario Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário