sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A REDE DE FARMÁCIAS BIG BEN É VENDIDA POR R$ 453,6 milhões

 
A Brazil Pharma, holding de farmácias do Banco BTG Pactual, confirmou ontem à imprensa haver fechado acordo para compra do Grupo Big Ben, do Pará, por R$ 453,6 milhões. Deste total, R$ 275 milhões serão pagos em dinheiro, sendo R$ 100,9 milhões à vista e R$ 174,1 milhões em três parcelas anuais.

Os R$ 178,6 milhões restantes vão ser entregues em ações ordinárias, que serão emitidas ao preço de R$ 15 cada. Esses papéis não poderão ser negociados por seus detentores por três anos, segundo os termos do acordo, exceto no caso de oferta pública de aquisição de ações da Brazil Pharma.

Em Belém, o diretor da Rede Big Ben, Roger Aquilera, confirmou o negócio no final da tarde. Ele disse que foi de 100% a venda da empresa, sendo parte do pagamento em dinheiro e parte em ações. Com isso, assinalou Roger Aguilera, a família continua no negócio como acionista da BR Pharma, grupo controlador de seis redes e mais de 600 lojas. “Nós participamos não só da Big Ben, mas de todas as redes do Grupo BR Pharma”, acrescentou.

Assinalou que a Big Ben vai tocar as operações no Norte e Nordeste, onde já atua com grande sucesso, e abrangendo outras redes da região, que a ela deverão ser incorporadas. “Tocaremos todas as ações da Brazil Pharma no Norte e Nordeste. A equipe responsável pelo sucesso da Big Ben é a mesma que assumirá a rede BR Pharma nessas regiões”, explicou Aguilera. Em entrevista ao DOL, ele também informou que o contrato inicial de acionistas com o grupo nacional é de três anos, mas ressaltou que, com o alcance das metas, ele será automaticamente renovado.

À tarde, ao confirmar o negócio, o diretor financeiro do Grupo Big Ben, Ricardo Kitamura, classificou a BR Pharma como um dos grandes players do mercado nacional, com mais de 350 lojas próprias e cerca de 300 franquiadas. Ricardo Kitamura disse que a BR Pharma foi criada pelo Banco BTG Pactual para atuar como seu braço de varejo farmacêutico.

O diretor da Big Ben admitiu que estavam em curso entendimentos em estágio bastante avançado para a fusão da rede com a sua principal concorrente no Pará, a Extrafarma. “Foi tudo muito rápido”, disse ele ao confirmar o negócio, acrescentando que a BR Pharma fez, à última hora, uma proposta que a família Aguilera, controladora da Rede Big Ben, considerou “muito boa para ambas as partes”.

GESTÃO


Ele ressaltou como um dos pontos positivos da negociação o fato de que a Big Ben fez prevalecer, no acordo firmado com os sócios, a decisão de que ela permanecerá na gestão das farmácias do grupo tanto na região Norte quanto no Nordeste do Brasil, mantendo inclusive sua marca e os seus executivos.

O diretor financeiro da Big Ben destacou ainda que o trabalho desenvolvido pela rede, no Pará e em outros Estados das regiões Norte e Nordeste, chamou a atenção e despertou o interesse do segmento de varejo farmacêutico nacional. O reconhecimento a esse trabalho se refletiu, segundo ele, na própria posição privilegiada que a Big Ben passa a ter, na condição de gestora de todo o varejo farmacêutico da BR Pharma nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, preservando inclusive a sua marca.

Criado em 1994, a Rede Big Ben, hoje com cerca de quatro mil empregados, inovou e expandiu de tal forma suas operações que conseguiu, em apenas 17 anos, projetar-se como a maior e mais conhecida rede de drogarias do Pará, mercado no qual se consolidou como líder de preferência por 14 anos seguidos. Em uma década e meia, o grupo conseguiu a façanha - rara no Brasil - de criar uma identidade própria que a transformou numa das marcas mais respeitadas do mercado farmacêutico brasileiro

EXPANSÃO

Hoje, segundo informação de Ricardo Kitamura, a Big Ben opera com uma rede de 147 lojas e trabalha com a perspectiva da abertura de outras 11 até o final do ano. A maior parte de sua rede - cerca de 90 estabelecimentos - está no Pará. As demais lojas se espalham pelos Estados do Maranhão, Piauí, Pernambuco, Paraíba e Amapá.

O próximo Estado a receber lojas do grupo será o Ceará. Em Recife, primeira capital com população e expressão econômica superiores às de Belém, ela chegou em 2008. A partir daí, conforme frisou Ricardo Kitamura, a marca Big Ben passou a projetar de forma crescente a sua visibilidade para todo o Brasil.

Citando dados da Abrafarma, a Associação Brasileira das Redes de Farmácias, entidade que congrega todas as grandes redes de farmácias do Brasil, Ricardo Kitamura disse que a Big Ben ocupa a sexta posição no ranking nacional do setor em faturamento. Uma vez associada à BR Pharma, o grupo deve ascender ao quarto lugar. 

Fonte: Diário do Pará, com informações do site da Revista Veja.

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