Foto: Reprodução Facebook
Gelson Domingos fazia a cobertura jornalística da operação policial quando foi baleado
O PM do Batalhão de Choque que estava ao lado do cinegrafista
da TV Bandeirantes Gelson Domingos, que morreu durante uma operação
policial na manhã do último domingo (6) na favela de Antares, em Santa
Cruz, na zona oeste do Rio, relatou ao iG nesta segunda-feira (7) como ocorreu a situação que levou o profissional à morte.
"O primeiro tiro bateu na árvore. Acho que ele (o Gelson) não ouviu o
disparo e não se abaixou. Quando os bandidos atiraram novamente, eu já
vi o Gelson caído. Só me restou efetuar novos disparos para que os
coelgas pudessem retirá-lo da favela", contou o policial durante o
enterro do corpo do cinegrafista.
O PM, que se identificou apenas como cabo Gomes, disse que o tiro que acertou Gelson era para ele.
"Foi uma das situações mais tensas que vivenciei na Polícia Militar.
Foi muito complicado vê-lo deitado, praticamente morto. Gelson era um
profissional muito dedicado. Por diversas vezes, realizamos trabalhos
juntos", contou.
O relações-públicas da Polícia Militar, tenente-coronel Frederico
Caldas, afirmou que é preciso reavaliar o papel da imprensa nas
operações policiais.
"Até que ponto vale a pena buscar a informação a qualquer custo", questionou.
"Somos treinados e temos baixa. Profissional de imprensa não é
treinado e agora ocorreu essa tragédia. É o primeiro profissional que
morre em um confronto no Estado do Rio. Ele (Gelson) era uma pessoa
muito querida e conversava diariamente com os policiais", afirmou o
oficial.
Assista o vídeo do momento exato em que o repórter foi baleado:
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