segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Gelson Domingos fazia a cobertura jornalística da operação policial quando foi baleado.


Foto: Reprodução Facebook
Gelson Domingos fazia a cobertura jornalística da operação policial quando foi baleado
O PM do Batalhão de Choque que estava ao lado do cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos, que morreu durante uma operação policial na manhã do último domingo (6) na favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio, relatou ao iG nesta segunda-feira (7) como ocorreu a situação que levou o profissional à morte.

"O primeiro tiro bateu na árvore. Acho que ele (o Gelson) não ouviu o disparo e não se abaixou. Quando os bandidos atiraram novamente, eu já vi o Gelson caído. Só me restou efetuar novos disparos para que os coelgas pudessem retirá-lo da favela", contou o policial durante o enterro do corpo do cinegrafista.
O PM, que se identificou apenas como cabo Gomes, disse que o tiro que acertou Gelson era para ele.
"Foi uma das situações mais tensas que vivenciei na Polícia Militar. Foi muito complicado vê-lo deitado, praticamente morto. Gelson era um profissional muito dedicado. Por diversas vezes, realizamos trabalhos juntos", contou.
O relações-públicas da Polícia Militar, tenente-coronel Frederico Caldas, afirmou que é preciso reavaliar o papel da imprensa nas operações policiais.
"Até que ponto vale a pena buscar a informação a qualquer custo", questionou.
"Somos treinados e temos baixa. Profissional de imprensa não é treinado e agora ocorreu essa tragédia. É o primeiro profissional que morre em um confronto no Estado do Rio. Ele (Gelson) era uma pessoa muito querida e conversava diariamente com os policiais", afirmou o oficial.
Assista o vídeo do momento exato em que o repórter foi baleado:
 Fonte: IG Noticias

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